sexta-feira, 19 de junho de 2009

Política Cultural da CMC

Política Cultural verdadeiramente não existe, porque a existência de uma Política Cultural num município implica a definição de uma estratégia Cultural, definição de objectivos e metas a alcançar a curto, médio e longo prazo.
Hoje, não temos uma política cultural municipal, temos sim, um plano anual de actividades cíclicas.
A essência de uma política cultural está na forma como ela é desenhada visando gerar processos participativos activos e responsáveis, sustentada num trabalho multidireccional que envolva todos os protagonistas da vida cultural municipal.
Não devemos olhar para a vertente cultural separada e estanque da vertente educação. A cultura e a educação são premissas para a aprendizagem permanente e a construção de valores culturais e democráticos. Um processo de alfabetização cultural é alcançado com um processo educativo. A conquista de hábitos culturais exige um trabalho permanente de educação para a participação na vida cultural local e fomento da criatividade; é um trabalho conjunto das instituições educativas e culturais.
Para implementar um conjunto de medidas conducentes a uma política cultural são necessárias infra-estruturas culturais.
Assim, Cantanhede tem vindo consecutivamente a assistir a promessas não executadas de um conjunto de infra-estruturas importantes e fundamentais para levar a cabo uma verdadeira política cultural.
Cantanhede não tem um Auditório Municipal ou Teatro Municipal capaz de receber iniciativas culturais de relevo, como por exemplo existe na Figueira da Foz, o Centro de Artes e Espectáculos (CAE).
Lembramos que o edifício da COBAI, na Zona industrial, foi adquirido por esta câmara com o intuito de construir um Centro de Alta Cultura, contudo tal nunca passou de promessa.
Cantanhede não tem ainda a Escola de Artes construída e a funcionar, sendo apenas mais uma promessa para o edifício do antigo Colégio Infante de Sagres.
Existe, apenas, a constituição da Fundação Carlos de Oliveira, faltando mais uma promessa da construção da casa museu.
Em contraponto com a cultura, constroem-se 4 complexos desportivos no concelho (Tocha, Cantanhede, Febres e Ançã), gastando-se mais de 7,5 milhões de euros (1,5 milhões de contos), atribuindo esta Câmara apenas 400.000 euros (80.000 c.ts) de apoio aos agentes culturais do concelho.

E temos uma Academia Municipal de Golfe!!!

1 comentário:

Carlos Rebola disse...

Cultura, culturas e cultos.
Em Cordinhã na Feira do Vinho e da Gastronomia,no dia 6 de Junho, após a actuação do Grupo "Cepa Torta" assistiu-se a um momento "cultural" constrangedor e contrário à dignidade humana, além dos promotores do evento subiu ao palco o Vereador da Cultura, para a entrega da "Camisola Amarela do Campeão do Dia".
O "Campeão do Dia" é o bêbado, mais bêbado entre os outros, é a pessoa que devido à excessiva ingestão de álcool se tornou num autentico farrapo humano, objecto de chacota pelos que alinham com o mesmo diapasão, o que considero degradante neste tipo de "cultura" é que esta seja patrocinada pelo próprio Vereador da Cultura da CMC, Dr. Pedro Cardoso.
Talvez seja uma espécie renovada, renascida do que se pensava morto "O vinho alimenta um milhão de portugueses" levada à letra.
Outros tipos e géneros culturais haverá derivados desta...